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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

love is old, love is new. love is all, love is you

e foda-se voce, se voce nao me ama em troca. o que importa é que eu amo. eu tenho a capacidade de sentir algo bom, sentir amor. sentir meu coração comprimido, borboletas no estomago e rir para cachorros e crianças e dias de sol no meio desse inverno glacial. foda-se voce, se voce nao sente o mesmo. foda-se voce, se voce teve medo. o medo anula o amor. e eu estava sendo anulada por ter medo de perder algo que nunca foi meu. porque só eu pertenço a mim e eu nao posso me perder de mim. e eu sou toda amor. eu amo. amo as partes de mim que respiram do outro lado do oceano. amo o sol que sai timido pra acariciar meu rosto quando o vento frio parece querer cortá-lo. amo as músicas. amo os livros. amo os filmes. amo as ideias. pessoas que tem ideias. que conversam sobre sentimentos. com verdade. amo saber que mesmo quando tudo parece estar dando errado. quando um tombo vem logo em seguida ao outro. e o frio bate em meu rosto pra me lembrar que eu to viva, que ta doendo, que eu to sentindo... eu consigo olhar pra dentro de mim mesma e achar algo bom. porque eu, eu posso ser tudo... menos vazia.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

i wanna fall OUT!

sabe quando você evita dizer algo porque sempre ouviu da boca da sua mãe que as palavras tem poder? daí que você tem medo de pronunciar e pimba, a coisa acontecer. sabe como é? então, às vezes acontece o contrário. não exatamente o contrário, mas tipo... hoje eu estava sentada na cama, com o pc no colo lendo, vendo fotos, cantarolando e pensando como eu queria que a vida mudasse. não a vida toda, por incrível que pareça, tem coisa em minha vida que eu poderia deixar como está... se fosse realmente válido esse mito de que as coisas são como você quer. claro que não. mas, enfim... eu estava pensando, eu quero que algo mude. apenas uma coisa. igual uma gaveta bagunçada no meio do armário que é minha vida. daí que surgiu na mente: quero me de-sa-pai-xo-nar! estranho. porque é geralmente o contrário que as pessoas querem. e eu também... até bem pouco tempo atrás. mas, agora tudo que eu quero é me desapaixonar. e eu estava pensando nisso, vendo fotos, lendo textos e cantarolando. aí eu disse, meio resmungona, meio murmurando e com a voz baixa e embolada que ninguem nunca entende da primeira vez que ouve: QUERO ME DESAPAIXONAR, PORRA. mas, foi estranho. foi como se caísse um peso sobre meu coração. como se abrisse um oco no estomago. e daí os dedos começaram a digitar aqui e eu nem tenho coragem de voltar e ler tudo porque, sei la. mas, eu sei que pra desempacar e voltar a ser eu novamente eu tenho que desapaixonar. voltar a me apaixonar por mim, meus livros, minhas músicas e todos os cachorros e gatos que passarem pela minha frente. porque sim. porque não está me fazendo bem. porque é preciso. porque e porque. acabou-se.

but to be myself completely i've just got to say goodbye!

domingo, 22 de janeiro de 2012

é saudade.

sinto falta de andar à noite. sinto falta do por-do-sol. sinto falta da brisa quentinha. sinto falta de olhar pro céu e ver estrelas. sinto falta do calor. sinto falta do calor humano. sinto falta de poder ouvir musica e gritar nos meus trechos favoritos. sinto falta de ouvir cachorros latindo. sinto falta de ter que me trancar pra ter privacidade. sinto falta de escrever. sinto falta de ouvir meu irmão e sinto falta de perguntar voce-nao-consegue-ficar-quieto-e-calado?. sinto falta de ouvi-lo dizer nao-yxi e sorrir. sinto falta das explicaçoes do meu irmao e sinto falta de como ele fica contrariado se alguém nao é de acordo. sinto falta dos embates ideologicos com meu pai e sinto falta de correr pra perto dele quando eu tinha alguma dúvida. sinto falta do abraço da minha mae e de ouvi-la dizer sem cansar deus-te-abençoe-bebê. sinto falta do abraço da minha familia. sinto falta de acordar aos domingos na casa dos meus pais. sinto falta de ve-los preparando o almoço de domingo juntos, conversando. sinto falta de ficar cinco minutos atras deles ouvindo a musica e ouvindo-os conversar até se darem conta que eu estava esperando. sinto falta de ve-los virando e sorrindo e sinto falta do abraço de bom dia dos domingos na casa dos meus pais. sinto falta dos almoços em familia na varanda. sinto falta da lola. sinto falta de como ela corria quando estava alegre, de como ela se escondia quando meu pai reclamava e de como ela se aconchegava no sofá da sala. sinto falta de correr como uma criança pra cama dos meus pais quando estava doente e sinto falta de correr pra cama dos meus pais quando estava triste querendo que o mundo acabasse. sinto falta de dormir em conchinha de três. sinto falta de como o mundo parecia pequeno quando eu estava na cama deles. sinto falta de sentir o cheiro das frutas do quintal. sinto falta de ouvir passaros cantando pela manhã, embora eu odeie passaros. no meio de tanta coisa que eu sinto falta, só nao sinto falta de mim. estranho.

domingo, 20 de março de 2011

pffff.

eu preciso parar de mentir. eu preciso parar de mentir para o mundo e para mim. preciso parar de inventar histórias. eu preciso parar de aumentar os fatos. fazer tempestades em copos d'água. eu preciso parar de criar cenas. parar de inventar que estou bem quando eu estou mal. parar de fantasiar que eu estou mal quando as coisas vão bem. parar de fingir. sair da minha mente. sair da minha bolha. desse mundo que eu reinvento todos os dias por falta do que fazer. não necessariamente por falta do que fazer. mas, porque eu gosto. gosto de inventar histórias. personagens. fingir ser o que eu não sou. criar pessoas como eu queria que elas fossem. parar de transformar sapos em príncipes. fadas em monstros. parar de matar pessoas. parar de ressuscitar os mortos. eu preciso parar de demolir castelos e parar de criar barracos. eu preciso parar de acreditar nas mentiras e eu preciso parar de duvidar das verdades. eu preciso ser eu e parar de viver dentro da bolha.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

não sei se eu devo desistir de uma vez. não sei se eu continuo cultivando esse restinho de esperança. não sei se eu coloco o dedo na ferida e pressiono para sentir mais a dor. não sei se tomo medicamentos para ficar anestesiada. dormir hoje e acordar daqui uma semana. aos poucos. acordar pela metade. acordar fisicamente. enquanto o pensamento descansa num lugar qualquer da mente. inerte. uma semana talvez fosse tempo suficiente para o corpo descansar e o coração cicatrizar a dor. uma semana de descanso para uma vida que falta pouco para se tornar insuportável. é insuportável quando não há lugar que se olhe. quando não há quem escute. e quando não há a quem escutar. é insuportável andar a vida toda atrás de algo e não encontrar. é insuportável, no meio de toda a dor, no meio de toda decepção, manter a esperança e se decepcionar novamente.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

meu pai sempre disse que eu vivo numa bolha. eu nunca levei a serio. mas, parece verdade. eu nunca entendi bem o porque dele sempre dizer isso. mas, talvez hoje eu saiba, ou tenha uma vaga noção. talvez seja o fato de eu não me adequar a nada. talvez seja porque eu crio, por vezes, realidades falsas. eu finjo viver bem, eu finjo conversar com pessoas, eu finjo gostar de pessoas. eu gosto de pessoas fingidas e vivo uma vida sem sal.
viver uma vida sem sal me deixa suspensa. sabe como é? eu não tenho a real noção do que acontece ao meu redor. eu deixo as coisas irem, e elas tomam direções que eu desconheço. eu deixo pessoas falarem, porque eu nao tenho tanto interesse no que elas tem a dizer, então elas dizem o que querem.
antigamente eu achava que as pessoas tinham o controle sobre suas emoções, sobre suas escolhas... mas, talvez isso não aconteça. ou talvez eu não tenha controle sobre o que me acontece.
eu apenas sigo. nunca sei bem para onde estou indo e muitas vezes eu só percebo que cheguei a determinado lugar quando lá já estou. eu vivo com a cabeça em um lugar desconhecido e os pés tambem.
e esse texto é assim mesmo, sem pé nem cabeça e sem fim.
tchau.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

times are hard for dreamers

eu cresci ouvindo que esperanca e a ultima que morre. minha mae repetiu isso minha infancia inteira e ate hoje, vira e mexe ela solta algo parecido. mas, nem de longe eu percebia esperanca como algo bom. depois de um tempo, eu li algo sobre a caixa de pandora e cheguei a conclusao de que ter esperanca e algo - talvez - muito prejudicial para a saude psicologica.
as pessoas passam a vida correndo atras de alguns objetivos e por mais que metade dos fatos provem que tudo esta indo pelo pior caminho, desmoronando or something, elas tendem a acreditar que no fim das contas, tudo dara certo. POR QUE, GENTE?
e quando chega o fim do tunel e nao ha luz? e voce olha para tras e ve o quanto quis (querer e poder?) e o quanto lutou e pra que? nada aconteceu.
mas, eu estou nesse lote. e por mais que eu tente transmitir para o cerebro todas as informacoes, pros e contras bla bla bla, la no fundo... eu tenho esperanca. nao sempre, por que eu sou ruim e pessimista. mas, mesmo com todo o meu pessimismo e todo meu racionalismo... eu tenho alguma esperanca. por que? nao se sabe.
por que o ser humano tem tanta esperanca no futuro? por que mesmo com tanto sofrimento no presente as pessoas esperam coisas boas? se a vida e constituida de repeticoes, por que esperar algo diferente?
por que eu espero?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

03:30am. sonhei que me faziam uma experiência científica e eu deixava de sentir dor física. daí, eu virava tipo atração de circo de horrores, todo mundo pedia pra me queimar, furar, beliscar e morder... boa menina que sou, deixava. acordei e tentei ententer esse sonho. eu sempre tento entender os sonhos, mas sem sucesso. como não consegui voltar a dormir logo, fiquei encucada pensando... por que apenas a dor física? era um sonho, era meu sonho. por que eu não poderia deixar de sentir todo tipo de dor? será possível que mesmo numa realidade onírica seja impossível impedir que pessoas te machuquem?

"suele tener, me suelto...me suelto en el deshacer. al puro perder el ganar no compara"



domingo, 13 de junho de 2010

A literatura me deixa gauche.

Estava estudando trovadorismo para a prova de literatura portuguesa e de repente tive um insight, cheguei à conclusão de que o problema todo é um só: a idealização. Claro que antes de chegar a essa conclusão, primeiro eu quis viver nessa época e ser a inspiração de algum trovador em alguma cantiga de amigo, queria ter um vassalo e queria ser a mia senhor de alguém, mas de repente eu me dei conta do problema. Naquela época já havia a idealização (e talvez tenha sido pior que hoje em dia - ou não). O caso é: para onde correr se sempre estaremos presos a isso?
Idealizamos tanto uma pessoa que ficamos completamente cegos diante de toda a bagagem de defeitos e complicações que ela traz consigo. Ok, temos que lidar com os defeitos e complicações se quisermos manter um relacionamento saudável, mas a questão é outra. Não ficamos apenas cegos diante dos defeitos e tampouco lidamos com eles, simplesmente ignoramos. Ignoramos o fato de que esses defeitos e complicações venham carregados de motivos para o desandar da relação. E é daí que vem todo problema. Você idealiza tanto, cria uma pessoa totalmente diferente daquilo que ela é realmente e quando se dá conta já é tarde. Além de criar esse ser impossível, você cria situações impossíveis e bla bla bla.
Perdi a conta de quantas idealizações eu fiz. Eu queria saber onde e quando eu deixei de acreditar que idealizações são falsas. Eu perdi todas as minhas convicções de adolescente por achar que eram besteiras de gente revoltada. E esse foi meu erro. Eu tinha umas regras definidas e essas regras não me deixavam cair - nunca. E de repente, sei lá, Álvares de Azevedo e todos os românticos começaram a mudar aquele meu jeito, digamos, riot de pensar e eu me transformei nisso: uma romântica frustrada que idealiza demais e sempre quebra a cara. C'est moi!

sábado, 12 de junho de 2010

déja vu.

muito tempo embaixo do chuveiro. água muito quente direto nas costas e a sensação de que a qualquer momento a pele vai sair do lugar. sem dor. só a sensação. pensa-se e pensa-se muito nesses dias. nessas situações. procuram-se respostas. procuram-se porquês. mas, quem de fato acha? toda a gente sempre está em busca de qualquer coisa e quando não acha tenta justificar suas frustrações de qualquer modo. eu sei. eu faço isso. e foi isso que eu fiz embaixo da água muito quente. refleti sobre os acontecimentos. refleti sobre o que andei fazendo. o que não fiz. e o que fizeram comigo. e sabe? talvez não importe tanto. talvez. porque tudo passa, a gente diz. então, por que a gente se importa tanto? refleti sobre o tempo que vai passando e como a gente acha que acumula experiências. ou acha que curam-se feridas com o tempo. mas, eu não acredito. a gente fala muita coisa. e a gente não sabe de nada. de fato. então, embaixo da água muito quente reflete-se sobre esses acontecimentos que a gente chama de vida. reflete-se sobre a ideia que a gente tem uns dos outros. e em como essas ideias nunca são fieis. reflete-se sobre tudo o que a gente espera do amanhã. mas, se a gente pensar no ontem percebe que nada é tão diferente. então, por que a gente espera algo novo? refleti sobre a dificuldade de encarar os fatos. esses que se posicionam embaixo do nosso nariz. que são tão claros. e refleti sobre como a gente faz papel de palhaço em alguns momentos. papel de palhaço. juntam-se os fatos. e colam-se as pontas. e embaixo da água muito quente chega-se a essa conclusão. a gente faz papel de palhaço. e a gente tenta refletir sobre o peso que carrega nas costas. o peso dos erros. mas, embaixo da água muito quente eles se desfazem. e a gente percebe que pra cada erro existe mais de um dono. sabe? um dia a gente aprende. mas, no outro a gente esquece. porque a gente é burra.

Tirado do meu antigo blog. É engraçado como as coisas se repetem mesmo. Como nossa vida é só isso: um monte de repetições.
Enfim.

domingo, 6 de junho de 2010

Esse blog era uma tentativa de mostrar para mim mesma que eu era boa demais para tudo de ruim que me acontecesse. Era boa demais para todas as sacanagens que faziam comigo - inclusive você. Era o lugar que eu tinha para vomitar meu desespero e resgatar minhas esperanças. Esperanças daquilo que está ali para acontecer que é tudo o que eu queria, mas que se você dissesse sim eu deixaria sem pensar duas vezes. Eu sempre quis muito pouco da vida, nesse muito pouco era onde você estava metido. Estava e está ainda, porque eu sou burra. Você estava ali encravado no quase nada que eu queria da vida e o que você fez? Você achou que era bom demais. Achou que era certo demais. Moralista demais. Você achou que só você levava essa relação a sério. O que obviamente não é verdade. Na verdade você nunca deu a mínima. Minto, nos primeiros, sei lá, oito meses de vida dessa relação você a alimentava. Cuidava. Se importava. Depois deixamos que ela caísse de cabeça, daí em diante você já não se importava, às vezes até fazia questão de mostrar isso. E você mostrou mesmo que estava nem aí... e o que eu fiz durante todos os outros longos meses que se seguiram? Nada. Como eu disse, eu sou burra. Eu fui vendo tudo acabar - de novo - e deixei. Quer dizer, eu tentei sim dar um jeito em tudo, fui colando os pedaços, costurando aqui e ali. Ri tanto quando estava com vontade de chorar. Passei a mão em sua cabeça quando estava com vontade de gritar e te mandar ao inferno. Eu sei, eu fiz tudo errado. Era para te mandar ao inferno todas as vezes que foi preciso. Você é uma criança mimada e eu fiz todas as suas vontades. Bem feito para mim agora. Ser burra tem suas consequências. Mas, eu não aprendo.
Então, esse blog era para contar as coisas boas. Era a minha volta por cima. E tudo parece estar voltando a ser como antes. Não posso deixar que isso aconteça.


Alguém sabe como fazer para acelerar o tempo? Obrigada.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

i'm a little bored.

Se eu me dispusesse a falar da minha incompatibilidade para com meus coleguinhas de cursoos outros humanos, levaria anos. Às vezes, acho até vergonhoso me entender melhor com os bichos. Mas, tudo bem. O caso é que ultimamente as pessoas tem me tirado do sério. Muito diferente de antes quando para mim elas nem fediam e pouco menos cheiravam. Hoje eu sinto muita raiva. Muita mesmo! É, procurei ajuda psicológica, porque eu sei, isso não pode ser normal. Mas, cá com meus botões... acho que isso é consequência do tempo todo que me fizeram viver oprimida. Onde um "ai" um pouco mais alto já era tido como uma gritaria grosseira. E aí eu fui ficando acanhada, acanhada... fui deixando de ser eu, mudando... me excluindo das pessoas... E em vez de colocar tudo pra fora no tempo certo, fui acumulando, acumulando... quando dava eu explodia para alguém, quando não dava explodia sozinha e chorava, chorava... me xingava. E a raiva foi crescendo. Raiva de quem? Raiva de todo mundo que é livre. Que pode rir, falar alto, não falar, chorar, sair... raiva das pessoas espontâneas. Raiva de todo mundo que pode ser o que quiser. Ou seja.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Strange Day...*

Queria entender esse sentimento triste que me dá quando as chuvas param de cair e um sol tímido aparece entre muitas nuvens. Nunca gostei de sol, mas diferente de dias assim, ele costuma me trazer um misto de raiva e tédio, não tristeza.
Esse aspecto de dia encharcado, um dia que parece encardido, um pano sujo e molhado largado num canto... é isso que me deprime.


É esse silêncio, que eu recebo através da janela aberta, abalado vez ou outra por pássaros e automóveis correndo pela rua. É essa vontade de não ouvir nada, ninguém; de querer me deitar e faltar o sono; de querer sair e não ter onde ir... é tudo isso que me deixa triste. É o nada, o vazio, a falta.


Continuo mergulhada na atmosfera deprimente de antigamente, procuro desculpas para responder perguntas que eu mesma faço: por que continuar ouvindo? Por que continuar lendo? Por que continuar isso?... talvez eu goste disso tudo. Será possível alguém gostar de se encontrar assim? Tem nome para isso? Remédio? Tem jeito na vida para uma pessoa que teima em deixar-se estagnar?


Para além dos planos pro futuro (próximo, até) tem o presente. É o agora que dói, que chateia. É esse hoje insosso... esse dia que sem o cinza da chuva e mesmo com o sol, está sem cor.
* a strange day - the cure.

terça-feira, 13 de abril de 2010

... que os anos não trazem mais.

Sempre que o clima esfria a nostalgia me visita. Geralmente é leve, vem e vai sem causar danos. Mas, dessa vez tem algo estranho. Criei uma coletânea de músicas velhas e comecei a ler - não simplesmente porque eu quis - vários textos que lia antigamente. Toda essa neblina nostalgica vem me envolvendo cada dia um pouco mais, o que acaba influênciando até na forma como estou me vestindo. Claro, houve todo um processo que me trouxe até isso. E eu to sentindo - ainda - aquele friozinho na barriga quando ouço as músicas antigas ou leio os textos.
Mas, além de roupa, música e textos... essa nostalgia anda mexendo também com meu sono, como antes e, consequentemente, com meu humor. É como se o tempo estivesse voltando e eu me vejo novamente como antes, melancolica e insone. Como a adolescente que fui.
Ser notívago - e clichê - que eu era, adorava a lua. Adorava gatos. Adorava café. Adorava a vida besta que eu tinha de trocar o dia pela noite. Ostentava uma tristeza falsa (?) e me sentia revoltada com a vida. Na verdade, gostava de me sentir triste, melancólica e era difícil sair disso, mudar a vida... perder lugar na bolha que criei. Tudo que fazia tinha a intenção de contribuir para a tristeza. Achava lindo morrer mas, era covarde demais para isso. Achava que a vida não valia a pena mas, era covarde demais para mudar. Até que um dia eu mudei, assim. Mas, vez ou outra me encontro nesse estágio: quase-velha querendo ser adolescente moribunda novamente. C'est la vie.




terça-feira, 6 de abril de 2010

Não tem título mesmo.

Uma vez meu pai disse que a boca fala o que transborda o coração e falou que a bagunça exterior nada mais é que o reflexo da interior. Eu acreditei. Na época não pensei muito nisso, mas acreditei. Esses dias tive um clic, ao entrar em meu quarto percebi a bagunça.
Ainda que eu limpe tudo, arrume todos os papeis, todas as roupas... coloque tudo em seu devido lugar, no outro dia - precisamente - tudo já está em desordem. Tentei lembrar da infância. Era organizada, o que se pode chamar hoje de perfeccionista. Tudo no lugar, todas as tarefas feitas - a contragosto, às vezes - era tudo organizado. Desde quando eu me tornei assim? Não se sabe. Sei apenas que hoje vivo no meio da bagunça. Não me importo se a cama foi feita, apenas dou uma sacudida por causa da poeira. Só me dou conta dos papeis jogados quando preciso de algum, e o guarda-roupa parece mais prático, automático, quando as roupas caem em mim no momento que abro as portas.

Minha vida anda mesmo bagunçada. Meus pensamentos já não são ordenados. Eu já não faço todas as tarefas. Reclamo de tudo. Faço birra com tudo. E eu sei que isso é insuportável.

Preciso fazer uma faxina no quarto, nos pensamentos... na vida. Tem coisas que a gente teima em deixar lá, guardar pro caso de precisar depois. A gente sabe que não vai precisar depois, guarda apenas porque tem medo de jogar fora. Mas, guardar o que deveria deixar ir só aumenta o peso nas costas. E é extremamente difícil se arrastar andar com um peso nas costas, né verdade? É sim.

Enfim...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Esse mesmo, meu umbigo.

Estou me sentindo sufocada, confusa, totalmente quase desesperada. Não sei o que fazer, falar e nem por onde ir. Tem um nó na garganta e outro no estômago e eles incomodam de uma forma inexplicável. Tenho vontade de chorar e conversar. Mas, do que adianta chorar? Conversar com quem? Todo mundo parece estar muito ocupado com qualquer outra coisa que eu não consigo enxergar. E qual o motivo de eu estar assim? Não se sabe! O que me leva a esse desespero? Às vezes me vejo quase louca, dessas loucas de livros que saem pelas ruas chorando um passado magoado e sofrido. Mas, eu não tenho esse passado. Tenho um presente sem sal onde qualquer besteira que acontece é um motivo para o desespero. Por que estou assim? Será que dou muita importância ao que não merece? Será que minha vida é tão sem graça que eu me prendo a qualquer coisa - ou a você - e quando me deparo com a possibilidade de perder essa coisa - ou você - me desespero? Perder o que? O que eu tive? Ou o que eu ainda tenho, vez ou outra em migalhas que eu já nem sinto? Por que eu me desespero?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma porção de nada.

Dia desses eu estava pensando sobre como, às vezes, se tem certezas. E pensando sobre como essas certezas são, na verdade, sem fundamento. Pensando sobre como eu aprendi a planejar a vida e como um dia isso mudou, assim, fácil.
Mais precisamente, eu estava pensando sobre como minha vida estava seguindo um curso e então mudou bruscamente e depois, supostamente, voltou ao curso. Se alguns nãos tivessem sido ditos, como eu estaria agora? Em qual curso minha vida estaria? Muitas chateações eu poderia ter evitado, mas quantas mais além dessas eu teria que viver? Será que teria sido mais fácil? Mais difícil? Com certeza eu não estaria aqui agora. Foram essas chateações que me trouxeram aqui. Essas chateações estão me levando para onde eu sempre quis estar. Mas, será que tudo na vida tem que ser assim, suado, dolorido, magoado? Eu sinceramente não tiraria o mérito de algo alcançado sem tanto esforço. As coisas deixam de ser válidas só porque foram faceis? Creio que não.



Duas porções de nada.

Quando se leva um tombo é difícil até se reerguer. Ainda que seja só uma topada, é demorado o tempo até passar a dor. Parece que coisas vão se somando àquela besteirinha de um dia qualquer da semana passada. Uma besteirinha que eu nem lembro ao certo, mas que faz diferença. E aí quando eu me dou conta já é tarde.

To cansada de muitas coisas. Esperando o dia da virada. O dia D de 2010, ele vai chegar. Daqui até lá o que se faz? Não sei focar uma coisa e seguir. Não sei traçar um caminho e dizer: é por aqui que eu vou e pronto. Então, eu to presa aqui ainda. E tem muitas coisas que eu deveria afastar. Cortar e jogar no lixo, porque não vai ter serventia. Mas, eu tenho uma mania horrorosa de ir acumulando tudo. Tudo que não presta, diga-se.

To cansada.


segunda-feira, 15 de março de 2010

c'est douloureux dedans

Tem sempre os dias que são mais pesados que minhas convicções e desejos de estar bem. Nesses dias é difícil me ajustar. É difícil me encaixar no meio das pessoas, conversar com elas. Difícil ter tarefas a cumprir. É extremamente difícil levantar da cama e enfrentar o dia. Ainda que eu me pergunte o que houve, procure por pistas... dias assim não tem explicação aparente. Eu durmo normalmente, mas quando acordo é como se fosse em outro lugar. Onde tudo incomoda, tudo é exageradamente desnecessário. Aí eu me sinto uma intrusa em minha própria casa e todo o resto do mundo parece meio bobo.
e é só isso.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Às vezes, eu penso ser muito estressada - ouço sempre que sou - e tento ser mais tranquila. Acordo com o propósito de passar um dia que seja com a mesma "tranquilidade dos outros", mas não consigo. Tem quem diga que eu sou muito preocupada e esses me dizem para ser mais relax. Tem quem diga que eu sou rabugenta e não tenho mais jeito. Já me disseram que eu tinha o mesmo jeito preocupado das minhas tias velhas. Eu acredito. Já tentei mudar isso também - já tentei mudar muitas coisas em minha vida tentando agradar a insatisfação alheia, enfim. - e não consegui. Não consigo simplesmente não me preocupar e o fato de pensar que algo de ruim possa acontecer com os meus me deixa em alerta 24 horas por dia. Claro que eu já tive meus dias de queronemsaber, mas esses não duraram muito. Tentava não me preocupar. Para isso, fingia não me importar. Mas é extremamente difícil.
Quando acontece algo com alguém da sua família, o que você faz? Eu me paraliso. Fico quieta num canto pensando em todas as coisas que poderiam ter acontecido e agradecendo a Deus por não ter sido nada tão grave. Mas, eu fico paralisada. Não tenho medo que algo aconteça comigo, mas com eles... eu fico tão contida em um cantinho qualquer do quarto, respirando o mais devagar possível para não incomodar e o medo me paralisa. O medo de perder as pessoas que eu amo. As pessoas que tem o mesmo sangue que eu. Essas que estando eu certa ou não, SEMPRE estão aqui dispostas a me ajudar, da maneira mais simples possível. Essas que quando sentem que eu não vou bem, me lançam um olhar tão acolheder, tão compreensívo e que me ouvem e que apenas me abraçam quando eu preciso chorar, sem dizer nada, porque no abraço dessas pessoas todo o resto já vem no pacote.
E eu sou assim mesmo. Estressada. Preocupada. Atenta a tudo que acontece com eles. Sempre por perto - embora distante (?) - para celebrar as coisas boas e cuidar nas horas difíceis.
 
Shush, Shush Charlotte.. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino