quinta-feira, 11 de novembro de 2010

reticencias.

"ruinas sao um presente, sao o caminho para transformacao"

eu estou diante de um prato de massa, uma kronenbourg e um teclado sem acentuacao... acabei de ver um filme e essa frase continua ecoando em minha mente, ecoa tao forte e tao desesperadamente que parece sair automaticamente pelos dedos e...aqui estou. e o bom disso tudo: eu estou tao bem hoje. bem como ja nao me sentia ha tempos e nao, nao tenho assim tantos motivos. apenas estou: viva e bem.

...to be continued.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

03:30am. sonhei que me faziam uma experiência científica e eu deixava de sentir dor física. daí, eu virava tipo atração de circo de horrores, todo mundo pedia pra me queimar, furar, beliscar e morder... boa menina que sou, deixava. acordei e tentei ententer esse sonho. eu sempre tento entender os sonhos, mas sem sucesso. como não consegui voltar a dormir logo, fiquei encucada pensando... por que apenas a dor física? era um sonho, era meu sonho. por que eu não poderia deixar de sentir todo tipo de dor? será possível que mesmo numa realidade onírica seja impossível impedir que pessoas te machuquem?

"suele tener, me suelto...me suelto en el deshacer. al puro perder el ganar no compara"



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

depuis toujours, toujours...

Não sei como, nem de onde vem... mas, às vezes, algo bem parecido com a ideia que eu tenho de - mas, que por pura incerteza eu não sei bem se é - um fio de esperança surge. Do nada. Através de uma música, por exemplo. Isso que eu não sei bem o que é surge assim. Se instala e me deixa com algo no estomago. Não é dor e é bem diferente do que eu sinto lá, no estomago, quando estou com raiva. É bem diferente, mas é igualmente estranho.
Como coisas que você pensa, como uma música pode interferir em seu estomago? Não sei. Mas, interfere. No meu, digo. E me faz rir... porque é como se fizesse cócegas. E me faz rir também porque é uma coisa besta. Esperança. Esperança de quê? Sei lá, mas é engraçado. É curioso.
Deixo a música no repeat, porque a sensação dura mais. É divertido. Daí que hoje vou dormir mais leve. Só por isso.


depuis toujours ~ louise attaque.


domingo, 8 de agosto de 2010

não sei bem, mas...

Chega um momento em que você não sabe por onde ir. Simplesmente empaca. A vida complica. Você se pergunta como chegou ali, analisa todas as possibilidades, encontra respostas, às vezes... outras vezes não encontra e fica por isso mesmo. Viver é um troço complicado, diz meu pai. Eu concordo. Você geralmente não tem real controle sobre nada. Porque dizem que sim, você escolhe o que fazer e você escolhe por onde ir e tudo o que você faz tem consequências. Mas, não. Não escolhemos sempre por onde ir. Não, nem sempre. Muitas vezes a vida sozinha toma um rumo desconhecido, um rumo indesejado. Foi você quem quis assim? Eu não quis. E como viemos parar aqui? Não se sabe.
Daí você precisa dar um jeito em tudo. Tomar decisões rápidas, porque do contrário você cai num buraco qualquer e pra sair é difícil. Daí você olha prum lado e pro outro, tem gente ali, mas só você pode fazer algo. Vite, vite. Meio que sem pensar direito no que tá fazendo, porque pensar demais é perder tempo, e a vida é tão igual, às vezes, não há problema tomar uma decisão ou duas de sopetão. Decidimos.
Então, esperamos a vida mudar, tomar forma e querer voltar aos trilhos novamente. Esperamos que ela volte. Esperamos demais da vida. E a vida o que é? Um monte de decisões tomadas por impulso que dão certo, algumas decisões muito bem pensadas que dão errado, coisas que não escolhemos e estão ali, coisas que havíamos escolhido e sumiram. E o que se faz? Vive-se.
Quando é realmente que sabemos se estamos vivendo bem ou mal? Quando sabemos por qual caminho seguir? Quando sabemos qual escolha é certa? Quando é que sabemos alguma coisa?

sábado, 17 de julho de 2010

Blergh.

talvez seja verdade que tudo que nos é dado de graça não presta. o livre arbitrio, por exemplo, as escolhas... o que são escolhas? apenas uma forma para dificultar a vida. não gosto de coisas difíceis, gosto de coisas fáceis, gente simples, café preto, biscoito sem recheio, comer pizza de mão... por que temos que dificultar tudo? fico pensando nas escolhas que temos que fazer ao longo da vida. é tudo muito difícil, tudo muito doloroso. você se depara com dois caminhos: sua razão te diz para seguir por um lado e o seu coração por outro, o que você faz? eu já fiz de tudo: lista de prós e contras, consultei horóscopo, procurei na biblia, procurei por experiências parecidas nos diários de outros anos, perguntei aos amigos mais chegados, pedi conselhos a pai e mãe... mas, todo mundo diz a mesma coisa, ou não diz nada e sorri, ou o pior, diz apenas que "tudo vai se ajeitar, é questão de tempo". quantas vezes na vida esperamos as coisas se ajeitarem? e elas até parecem se ajeitar, mas depois tudo começa a degringolar novamente. ou não, talvez eu seja degringolada. é bem fácil achar que as coisas degringolam, mas talvez eu seja o problema.



domingo, 13 de junho de 2010

A literatura me deixa gauche.

Estava estudando trovadorismo para a prova de literatura portuguesa e de repente tive um insight, cheguei à conclusão de que o problema todo é um só: a idealização. Claro que antes de chegar a essa conclusão, primeiro eu quis viver nessa época e ser a inspiração de algum trovador em alguma cantiga de amigo, queria ter um vassalo e queria ser a mia senhor de alguém, mas de repente eu me dei conta do problema. Naquela época já havia a idealização (e talvez tenha sido pior que hoje em dia - ou não). O caso é: para onde correr se sempre estaremos presos a isso?
Idealizamos tanto uma pessoa que ficamos completamente cegos diante de toda a bagagem de defeitos e complicações que ela traz consigo. Ok, temos que lidar com os defeitos e complicações se quisermos manter um relacionamento saudável, mas a questão é outra. Não ficamos apenas cegos diante dos defeitos e tampouco lidamos com eles, simplesmente ignoramos. Ignoramos o fato de que esses defeitos e complicações venham carregados de motivos para o desandar da relação. E é daí que vem todo problema. Você idealiza tanto, cria uma pessoa totalmente diferente daquilo que ela é realmente e quando se dá conta já é tarde. Além de criar esse ser impossível, você cria situações impossíveis e bla bla bla.
Perdi a conta de quantas idealizações eu fiz. Eu queria saber onde e quando eu deixei de acreditar que idealizações são falsas. Eu perdi todas as minhas convicções de adolescente por achar que eram besteiras de gente revoltada. E esse foi meu erro. Eu tinha umas regras definidas e essas regras não me deixavam cair - nunca. E de repente, sei lá, Álvares de Azevedo e todos os românticos começaram a mudar aquele meu jeito, digamos, riot de pensar e eu me transformei nisso: uma romântica frustrada que idealiza demais e sempre quebra a cara. C'est moi!

sábado, 12 de junho de 2010

déja vu.

muito tempo embaixo do chuveiro. água muito quente direto nas costas e a sensação de que a qualquer momento a pele vai sair do lugar. sem dor. só a sensação. pensa-se e pensa-se muito nesses dias. nessas situações. procuram-se respostas. procuram-se porquês. mas, quem de fato acha? toda a gente sempre está em busca de qualquer coisa e quando não acha tenta justificar suas frustrações de qualquer modo. eu sei. eu faço isso. e foi isso que eu fiz embaixo da água muito quente. refleti sobre os acontecimentos. refleti sobre o que andei fazendo. o que não fiz. e o que fizeram comigo. e sabe? talvez não importe tanto. talvez. porque tudo passa, a gente diz. então, por que a gente se importa tanto? refleti sobre o tempo que vai passando e como a gente acha que acumula experiências. ou acha que curam-se feridas com o tempo. mas, eu não acredito. a gente fala muita coisa. e a gente não sabe de nada. de fato. então, embaixo da água muito quente reflete-se sobre esses acontecimentos que a gente chama de vida. reflete-se sobre a ideia que a gente tem uns dos outros. e em como essas ideias nunca são fieis. reflete-se sobre tudo o que a gente espera do amanhã. mas, se a gente pensar no ontem percebe que nada é tão diferente. então, por que a gente espera algo novo? refleti sobre a dificuldade de encarar os fatos. esses que se posicionam embaixo do nosso nariz. que são tão claros. e refleti sobre como a gente faz papel de palhaço em alguns momentos. papel de palhaço. juntam-se os fatos. e colam-se as pontas. e embaixo da água muito quente chega-se a essa conclusão. a gente faz papel de palhaço. e a gente tenta refletir sobre o peso que carrega nas costas. o peso dos erros. mas, embaixo da água muito quente eles se desfazem. e a gente percebe que pra cada erro existe mais de um dono. sabe? um dia a gente aprende. mas, no outro a gente esquece. porque a gente é burra.

Tirado do meu antigo blog. É engraçado como as coisas se repetem mesmo. Como nossa vida é só isso: um monte de repetições.
Enfim.

domingo, 6 de junho de 2010

Esse blog era uma tentativa de mostrar para mim mesma que eu era boa demais para tudo de ruim que me acontecesse. Era boa demais para todas as sacanagens que faziam comigo - inclusive você. Era o lugar que eu tinha para vomitar meu desespero e resgatar minhas esperanças. Esperanças daquilo que está ali para acontecer que é tudo o que eu queria, mas que se você dissesse sim eu deixaria sem pensar duas vezes. Eu sempre quis muito pouco da vida, nesse muito pouco era onde você estava metido. Estava e está ainda, porque eu sou burra. Você estava ali encravado no quase nada que eu queria da vida e o que você fez? Você achou que era bom demais. Achou que era certo demais. Moralista demais. Você achou que só você levava essa relação a sério. O que obviamente não é verdade. Na verdade você nunca deu a mínima. Minto, nos primeiros, sei lá, oito meses de vida dessa relação você a alimentava. Cuidava. Se importava. Depois deixamos que ela caísse de cabeça, daí em diante você já não se importava, às vezes até fazia questão de mostrar isso. E você mostrou mesmo que estava nem aí... e o que eu fiz durante todos os outros longos meses que se seguiram? Nada. Como eu disse, eu sou burra. Eu fui vendo tudo acabar - de novo - e deixei. Quer dizer, eu tentei sim dar um jeito em tudo, fui colando os pedaços, costurando aqui e ali. Ri tanto quando estava com vontade de chorar. Passei a mão em sua cabeça quando estava com vontade de gritar e te mandar ao inferno. Eu sei, eu fiz tudo errado. Era para te mandar ao inferno todas as vezes que foi preciso. Você é uma criança mimada e eu fiz todas as suas vontades. Bem feito para mim agora. Ser burra tem suas consequências. Mas, eu não aprendo.
Então, esse blog era para contar as coisas boas. Era a minha volta por cima. E tudo parece estar voltando a ser como antes. Não posso deixar que isso aconteça.


Alguém sabe como fazer para acelerar o tempo? Obrigada.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

i'm a little bored.

Se eu me dispusesse a falar da minha incompatibilidade para com meus coleguinhas de cursoos outros humanos, levaria anos. Às vezes, acho até vergonhoso me entender melhor com os bichos. Mas, tudo bem. O caso é que ultimamente as pessoas tem me tirado do sério. Muito diferente de antes quando para mim elas nem fediam e pouco menos cheiravam. Hoje eu sinto muita raiva. Muita mesmo! É, procurei ajuda psicológica, porque eu sei, isso não pode ser normal. Mas, cá com meus botões... acho que isso é consequência do tempo todo que me fizeram viver oprimida. Onde um "ai" um pouco mais alto já era tido como uma gritaria grosseira. E aí eu fui ficando acanhada, acanhada... fui deixando de ser eu, mudando... me excluindo das pessoas... E em vez de colocar tudo pra fora no tempo certo, fui acumulando, acumulando... quando dava eu explodia para alguém, quando não dava explodia sozinha e chorava, chorava... me xingava. E a raiva foi crescendo. Raiva de quem? Raiva de todo mundo que é livre. Que pode rir, falar alto, não falar, chorar, sair... raiva das pessoas espontâneas. Raiva de todo mundo que pode ser o que quiser. Ou seja.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

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Até tenho vontade de escrever, mas ultimamente tá meio difícil. Questão de não ter tempo. Já estou em contagem regressiva para o dia D, mas não consigo sentir nem um pingo de euforia. Às vezes, há até um princípio de euforia, que logo se dissipa. Enfim, vejamos o que se segue nos próximos dias.
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Tem dias que eu passo um tempo imaginando minha vida de outra forma. Como eu estaria se. Consigo imaginar tudo, desde a forma como eu me vestiria até quantos filhos eu teria. É estranho, porque é tudo tão nítido que parece outra vida. Uma vida paralela. Imagino várias vidas, cada uma com sua peculiaridade. Como se eu guardasse aqui dentro várias de mim que não tiveram tempo de viver. E mais engraçado ainda é pensar que talvez eu tivesse sido mais feliz sendo alguma dessas - ou não. Às vezes, eu penso também que minha vida seria apenas entediante. Mas, agora eu estou aqui, ainda que não seja sempre ruim não é tão bom quanto eu quero que seja... então eu vivo esperando o dia de mudar, esse tal dia D. Talvez essa seja a vida certa e está prestes a começar, ou ainda, prestes a se desenrolar - posto que já começou - de uma vez e caminhar do jeito que eu planejei.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Strange Day...*

Queria entender esse sentimento triste que me dá quando as chuvas param de cair e um sol tímido aparece entre muitas nuvens. Nunca gostei de sol, mas diferente de dias assim, ele costuma me trazer um misto de raiva e tédio, não tristeza.
Esse aspecto de dia encharcado, um dia que parece encardido, um pano sujo e molhado largado num canto... é isso que me deprime.


É esse silêncio, que eu recebo através da janela aberta, abalado vez ou outra por pássaros e automóveis correndo pela rua. É essa vontade de não ouvir nada, ninguém; de querer me deitar e faltar o sono; de querer sair e não ter onde ir... é tudo isso que me deixa triste. É o nada, o vazio, a falta.


Continuo mergulhada na atmosfera deprimente de antigamente, procuro desculpas para responder perguntas que eu mesma faço: por que continuar ouvindo? Por que continuar lendo? Por que continuar isso?... talvez eu goste disso tudo. Será possível alguém gostar de se encontrar assim? Tem nome para isso? Remédio? Tem jeito na vida para uma pessoa que teima em deixar-se estagnar?


Para além dos planos pro futuro (próximo, até) tem o presente. É o agora que dói, que chateia. É esse hoje insosso... esse dia que sem o cinza da chuva e mesmo com o sol, está sem cor.
* a strange day - the cure.

terça-feira, 13 de abril de 2010

... que os anos não trazem mais.

Sempre que o clima esfria a nostalgia me visita. Geralmente é leve, vem e vai sem causar danos. Mas, dessa vez tem algo estranho. Criei uma coletânea de músicas velhas e comecei a ler - não simplesmente porque eu quis - vários textos que lia antigamente. Toda essa neblina nostalgica vem me envolvendo cada dia um pouco mais, o que acaba influênciando até na forma como estou me vestindo. Claro, houve todo um processo que me trouxe até isso. E eu to sentindo - ainda - aquele friozinho na barriga quando ouço as músicas antigas ou leio os textos.
Mas, além de roupa, música e textos... essa nostalgia anda mexendo também com meu sono, como antes e, consequentemente, com meu humor. É como se o tempo estivesse voltando e eu me vejo novamente como antes, melancolica e insone. Como a adolescente que fui.
Ser notívago - e clichê - que eu era, adorava a lua. Adorava gatos. Adorava café. Adorava a vida besta que eu tinha de trocar o dia pela noite. Ostentava uma tristeza falsa (?) e me sentia revoltada com a vida. Na verdade, gostava de me sentir triste, melancólica e era difícil sair disso, mudar a vida... perder lugar na bolha que criei. Tudo que fazia tinha a intenção de contribuir para a tristeza. Achava lindo morrer mas, era covarde demais para isso. Achava que a vida não valia a pena mas, era covarde demais para mudar. Até que um dia eu mudei, assim. Mas, vez ou outra me encontro nesse estágio: quase-velha querendo ser adolescente moribunda novamente. C'est la vie.




terça-feira, 6 de abril de 2010

Não tem título mesmo.

Uma vez meu pai disse que a boca fala o que transborda o coração e falou que a bagunça exterior nada mais é que o reflexo da interior. Eu acreditei. Na época não pensei muito nisso, mas acreditei. Esses dias tive um clic, ao entrar em meu quarto percebi a bagunça.
Ainda que eu limpe tudo, arrume todos os papeis, todas as roupas... coloque tudo em seu devido lugar, no outro dia - precisamente - tudo já está em desordem. Tentei lembrar da infância. Era organizada, o que se pode chamar hoje de perfeccionista. Tudo no lugar, todas as tarefas feitas - a contragosto, às vezes - era tudo organizado. Desde quando eu me tornei assim? Não se sabe. Sei apenas que hoje vivo no meio da bagunça. Não me importo se a cama foi feita, apenas dou uma sacudida por causa da poeira. Só me dou conta dos papeis jogados quando preciso de algum, e o guarda-roupa parece mais prático, automático, quando as roupas caem em mim no momento que abro as portas.

Minha vida anda mesmo bagunçada. Meus pensamentos já não são ordenados. Eu já não faço todas as tarefas. Reclamo de tudo. Faço birra com tudo. E eu sei que isso é insuportável.

Preciso fazer uma faxina no quarto, nos pensamentos... na vida. Tem coisas que a gente teima em deixar lá, guardar pro caso de precisar depois. A gente sabe que não vai precisar depois, guarda apenas porque tem medo de jogar fora. Mas, guardar o que deveria deixar ir só aumenta o peso nas costas. E é extremamente difícil se arrastar andar com um peso nas costas, né verdade? É sim.

Enfim...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Esse mesmo, meu umbigo.

Estou me sentindo sufocada, confusa, totalmente quase desesperada. Não sei o que fazer, falar e nem por onde ir. Tem um nó na garganta e outro no estômago e eles incomodam de uma forma inexplicável. Tenho vontade de chorar e conversar. Mas, do que adianta chorar? Conversar com quem? Todo mundo parece estar muito ocupado com qualquer outra coisa que eu não consigo enxergar. E qual o motivo de eu estar assim? Não se sabe! O que me leva a esse desespero? Às vezes me vejo quase louca, dessas loucas de livros que saem pelas ruas chorando um passado magoado e sofrido. Mas, eu não tenho esse passado. Tenho um presente sem sal onde qualquer besteira que acontece é um motivo para o desespero. Por que estou assim? Será que dou muita importância ao que não merece? Será que minha vida é tão sem graça que eu me prendo a qualquer coisa - ou a você - e quando me deparo com a possibilidade de perder essa coisa - ou você - me desespero? Perder o que? O que eu tive? Ou o que eu ainda tenho, vez ou outra em migalhas que eu já nem sinto? Por que eu me desespero?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma porção de nada.

Dia desses eu estava pensando sobre como, às vezes, se tem certezas. E pensando sobre como essas certezas são, na verdade, sem fundamento. Pensando sobre como eu aprendi a planejar a vida e como um dia isso mudou, assim, fácil.
Mais precisamente, eu estava pensando sobre como minha vida estava seguindo um curso e então mudou bruscamente e depois, supostamente, voltou ao curso. Se alguns nãos tivessem sido ditos, como eu estaria agora? Em qual curso minha vida estaria? Muitas chateações eu poderia ter evitado, mas quantas mais além dessas eu teria que viver? Será que teria sido mais fácil? Mais difícil? Com certeza eu não estaria aqui agora. Foram essas chateações que me trouxeram aqui. Essas chateações estão me levando para onde eu sempre quis estar. Mas, será que tudo na vida tem que ser assim, suado, dolorido, magoado? Eu sinceramente não tiraria o mérito de algo alcançado sem tanto esforço. As coisas deixam de ser válidas só porque foram faceis? Creio que não.



Duas porções de nada.

Quando se leva um tombo é difícil até se reerguer. Ainda que seja só uma topada, é demorado o tempo até passar a dor. Parece que coisas vão se somando àquela besteirinha de um dia qualquer da semana passada. Uma besteirinha que eu nem lembro ao certo, mas que faz diferença. E aí quando eu me dou conta já é tarde.

To cansada de muitas coisas. Esperando o dia da virada. O dia D de 2010, ele vai chegar. Daqui até lá o que se faz? Não sei focar uma coisa e seguir. Não sei traçar um caminho e dizer: é por aqui que eu vou e pronto. Então, eu to presa aqui ainda. E tem muitas coisas que eu deveria afastar. Cortar e jogar no lixo, porque não vai ter serventia. Mas, eu tenho uma mania horrorosa de ir acumulando tudo. Tudo que não presta, diga-se.

To cansada.


segunda-feira, 15 de março de 2010

c'est douloureux dedans

Tem sempre os dias que são mais pesados que minhas convicções e desejos de estar bem. Nesses dias é difícil me ajustar. É difícil me encaixar no meio das pessoas, conversar com elas. Difícil ter tarefas a cumprir. É extremamente difícil levantar da cama e enfrentar o dia. Ainda que eu me pergunte o que houve, procure por pistas... dias assim não tem explicação aparente. Eu durmo normalmente, mas quando acordo é como se fosse em outro lugar. Onde tudo incomoda, tudo é exageradamente desnecessário. Aí eu me sinto uma intrusa em minha própria casa e todo o resto do mundo parece meio bobo.
e é só isso.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Às vezes, eu penso ser muito estressada - ouço sempre que sou - e tento ser mais tranquila. Acordo com o propósito de passar um dia que seja com a mesma "tranquilidade dos outros", mas não consigo. Tem quem diga que eu sou muito preocupada e esses me dizem para ser mais relax. Tem quem diga que eu sou rabugenta e não tenho mais jeito. Já me disseram que eu tinha o mesmo jeito preocupado das minhas tias velhas. Eu acredito. Já tentei mudar isso também - já tentei mudar muitas coisas em minha vida tentando agradar a insatisfação alheia, enfim. - e não consegui. Não consigo simplesmente não me preocupar e o fato de pensar que algo de ruim possa acontecer com os meus me deixa em alerta 24 horas por dia. Claro que eu já tive meus dias de queronemsaber, mas esses não duraram muito. Tentava não me preocupar. Para isso, fingia não me importar. Mas é extremamente difícil.
Quando acontece algo com alguém da sua família, o que você faz? Eu me paraliso. Fico quieta num canto pensando em todas as coisas que poderiam ter acontecido e agradecendo a Deus por não ter sido nada tão grave. Mas, eu fico paralisada. Não tenho medo que algo aconteça comigo, mas com eles... eu fico tão contida em um cantinho qualquer do quarto, respirando o mais devagar possível para não incomodar e o medo me paralisa. O medo de perder as pessoas que eu amo. As pessoas que tem o mesmo sangue que eu. Essas que estando eu certa ou não, SEMPRE estão aqui dispostas a me ajudar, da maneira mais simples possível. Essas que quando sentem que eu não vou bem, me lançam um olhar tão acolheder, tão compreensívo e que me ouvem e que apenas me abraçam quando eu preciso chorar, sem dizer nada, porque no abraço dessas pessoas todo o resto já vem no pacote.
E eu sou assim mesmo. Estressada. Preocupada. Atenta a tudo que acontece com eles. Sempre por perto - embora distante (?) - para celebrar as coisas boas e cuidar nas horas difíceis.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sabe de uma? Não enche.

Como lidar com as pessoas é algo que eu nunca aprendi. Já tentei várias vezes, de várias formas e durante meus anos de revolta simplesmente desisti. É fácil desistir quando as pessoas não são assim tão próximas... mas, quando as pessoas estão perto é dificil não se importar, por mais que se tente. Mil vezes já tentei ser indiferente e mil vezes falhei.
Tem gente que parece adorar a tarefa de ser difícil. Esses adoram amarrar tudo, fazer tudo de má vontade, de uma forma que você tenha muito mais trabalho, fique chateado ou se sentindo culpado por algo que não fez.


Um dos meus propósitos para 2010 era não me deixar irritar. Mentalizei que esse será O ano e ninguém me encheria o saco. Bom, na prática é diferente. Eu tenho meus dias de TPM, nesses dias quem me conhece não puxa muito assunto, sou chata também, muito rabugenta... fora isso, sou normal, educada e às vezes, até simpática. Acho que ninguém é pago pra aguentar meu mau humor, tenho simancol. O que acontece é que muitas pessoas não pensam assim, e acham que o resto do mundo tem que engolir sua bipolaridade forçado. O que fazer com essas pessoas? O que fazer quando elas estão aí do seu lado, quando você tem de lidar com elas todos os dias? Não dá pra mandar a pessoa pro diabo que a carregue; parar pra conversar, convenhamos, não adianta. Inclusive, uma das coisas mais sem noção que eu ouço é quando alguém muito solícito te dá um conselho e te manda conversar. "Conversa dá jeito em tudo". Quem aí já deu jeito em algo só conversando? Num mundo desse onde individualidade é só ser egocêntrico, chamar pra conversar é comprar briga, porque ninguém quer estar errado e ouvir a verdade dos outros enche o saco, né? É sim.


Fazer o que? Tudo bem, só queria desabafar mesmo.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ansiedade, Expectativa? Ai! meu estômago.

Eu sempre fui muito ansiosa, muito mesmo. Assim que eu soubesse que tinha algo planejado, uma viagem, uma festa... seja lá o que fosse aconter, qualquer coisa era motivo suficiente pra me tirar o sono. Daí em diante ficava dias fantasiando sobre o que poderia acontecer, a roupa que eu usaria ou o discurso que eu faria. Bom, não demorava muito pra toda essa fantasia dar lugar à aflição. Mas, era uma aflição tão grande, era um desespero tão horroroso, porque óbvio, eu conseguia pensar muito mais nas coisas não acontecendo, não dando certo e em todas as coisas ruins que poderiam acontecer pra atrapalhar do que voltar a fantasiar coisas boas e bonitinhas. sempre tive uma tendência góticofromréudepressivaepsicótica


Hoje em dia as coisas mudaram um pouco. Eu já não sou nem metade ansiosa, não tenho mais tantas expectativas e muito menos fico fantasiando sobre o que pode ou não acontecer e isso é sobre qualquer coisa. Muitas vezes sou chamada até de, pasme, in-sen-sí-vel. Não me sinto insensível, muito pelo contrário. Acho mesmo que não ter expectativas e não ser ansiosa não é suficiente pra dizer se alguém tem ou não sentimento, né verdade? É sim.



Uma vez li em algum lugar "quem de ilusões não vive, de desilusões não sofre" achei a frase super interessante e muito diferente do que eu vivia, claro, tive um choque, um insight, aquele estalozinho que dá na mente e puft, a partir daí, essa frase passou a fazer parte dos meus dias. Em todo diário novo ela estava lá presente, eu a lia e tentava internalizá-la, torná-la verdade pra mim. Com o tempo e com as quedas eu fui aprendendo a não criar tantas expectativas, porque toda frustração era efeito de uma expectativa muito grande que eu alimentava sobre uma coisa nem tão importante. A dor das frustrações superavam e muito a fantasia das expectativas.



Não foi de um dia pro outro que eu me tornei "insensível" e todo mundo que eu conheço e vejo nessa situação eu passo a mesma frase e de quebra, dou o nome do meu remédio de estômago, porque ainda mais chato que a frustração que demora, mas passa. é a dor no estômago que só piora com a idade o tempo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O negocio é procrastinar.

Tenho o mau costume de adiar tudo. Pra mim é quase um dever adiar as obrigações. Minha ultima psicose é listar tudo que tenho que fazer, tudo que tenho que comprar, enfim, todas as decisões que tenho que tomar, embora isso não tenha resultado. Talvez eu ache bonitinho ou até mesmo importante escrever aquela lista imensa de "coisas a fazer".
No início do ano sempre tem uma nova listinha, onde na verdade, a maioria dos intens são de "coisas não feitas" do ano anterior. E todo ano é essa mesma história. Todos os dias antes de dormir eu penso que devo segurar a coragem pela orelha e agir. Todos os dias quando acordo já levanto da cama cega de certeza. Mas, logo depois que o Sol me dá bom dia já desisto. a historia do soubrasileiranãodesistonunca não serve pra mim, veja bem.
Esse blog é um bom exemplo, há meses deveria estar no ar, mas todos os dias eu inventava pra mim mesma uma desculpa e deixava pro dia seguinte.

Sem contar que a menina tá carecendo de criatividade e que, digamos assim, minhas ideias e meus assuntos foram, ahm, podados. Tenho várias coisas para fazer, várias coisas para falar e no entando, dia após dia, vou empurrando com a barriga até que chegue - finalmente - o Dia D e eu já não tenha escapatória, num desses dias de TPM - ou não - em que eu já estou perto de explodir e tenho que fazer tudo às pressas, ou que estou encurralada sem ter mais pra onde correr. Enfim, né? Qu'est-ce que ça peut faire?


É isso. Olá, blogosfera. Sim, eu estou de volta. Juro que dessa vez é pra sempre.
 
Shush, Shush Charlotte.. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino