segunda-feira, 22 de março de 2010

Esse mesmo, meu umbigo.

Estou me sentindo sufocada, confusa, totalmente quase desesperada. Não sei o que fazer, falar e nem por onde ir. Tem um nó na garganta e outro no estômago e eles incomodam de uma forma inexplicável. Tenho vontade de chorar e conversar. Mas, do que adianta chorar? Conversar com quem? Todo mundo parece estar muito ocupado com qualquer outra coisa que eu não consigo enxergar. E qual o motivo de eu estar assim? Não se sabe! O que me leva a esse desespero? Às vezes me vejo quase louca, dessas loucas de livros que saem pelas ruas chorando um passado magoado e sofrido. Mas, eu não tenho esse passado. Tenho um presente sem sal onde qualquer besteira que acontece é um motivo para o desespero. Por que estou assim? Será que dou muita importância ao que não merece? Será que minha vida é tão sem graça que eu me prendo a qualquer coisa - ou a você - e quando me deparo com a possibilidade de perder essa coisa - ou você - me desespero? Perder o que? O que eu tive? Ou o que eu ainda tenho, vez ou outra em migalhas que eu já nem sinto? Por que eu me desespero?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma porção de nada.

Dia desses eu estava pensando sobre como, às vezes, se tem certezas. E pensando sobre como essas certezas são, na verdade, sem fundamento. Pensando sobre como eu aprendi a planejar a vida e como um dia isso mudou, assim, fácil.
Mais precisamente, eu estava pensando sobre como minha vida estava seguindo um curso e então mudou bruscamente e depois, supostamente, voltou ao curso. Se alguns nãos tivessem sido ditos, como eu estaria agora? Em qual curso minha vida estaria? Muitas chateações eu poderia ter evitado, mas quantas mais além dessas eu teria que viver? Será que teria sido mais fácil? Mais difícil? Com certeza eu não estaria aqui agora. Foram essas chateações que me trouxeram aqui. Essas chateações estão me levando para onde eu sempre quis estar. Mas, será que tudo na vida tem que ser assim, suado, dolorido, magoado? Eu sinceramente não tiraria o mérito de algo alcançado sem tanto esforço. As coisas deixam de ser válidas só porque foram faceis? Creio que não.



Duas porções de nada.

Quando se leva um tombo é difícil até se reerguer. Ainda que seja só uma topada, é demorado o tempo até passar a dor. Parece que coisas vão se somando àquela besteirinha de um dia qualquer da semana passada. Uma besteirinha que eu nem lembro ao certo, mas que faz diferença. E aí quando eu me dou conta já é tarde.

To cansada de muitas coisas. Esperando o dia da virada. O dia D de 2010, ele vai chegar. Daqui até lá o que se faz? Não sei focar uma coisa e seguir. Não sei traçar um caminho e dizer: é por aqui que eu vou e pronto. Então, eu to presa aqui ainda. E tem muitas coisas que eu deveria afastar. Cortar e jogar no lixo, porque não vai ter serventia. Mas, eu tenho uma mania horrorosa de ir acumulando tudo. Tudo que não presta, diga-se.

To cansada.


segunda-feira, 15 de março de 2010

c'est douloureux dedans

Tem sempre os dias que são mais pesados que minhas convicções e desejos de estar bem. Nesses dias é difícil me ajustar. É difícil me encaixar no meio das pessoas, conversar com elas. Difícil ter tarefas a cumprir. É extremamente difícil levantar da cama e enfrentar o dia. Ainda que eu me pergunte o que houve, procure por pistas... dias assim não tem explicação aparente. Eu durmo normalmente, mas quando acordo é como se fosse em outro lugar. Onde tudo incomoda, tudo é exageradamente desnecessário. Aí eu me sinto uma intrusa em minha própria casa e todo o resto do mundo parece meio bobo.
e é só isso.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Às vezes, eu penso ser muito estressada - ouço sempre que sou - e tento ser mais tranquila. Acordo com o propósito de passar um dia que seja com a mesma "tranquilidade dos outros", mas não consigo. Tem quem diga que eu sou muito preocupada e esses me dizem para ser mais relax. Tem quem diga que eu sou rabugenta e não tenho mais jeito. Já me disseram que eu tinha o mesmo jeito preocupado das minhas tias velhas. Eu acredito. Já tentei mudar isso também - já tentei mudar muitas coisas em minha vida tentando agradar a insatisfação alheia, enfim. - e não consegui. Não consigo simplesmente não me preocupar e o fato de pensar que algo de ruim possa acontecer com os meus me deixa em alerta 24 horas por dia. Claro que eu já tive meus dias de queronemsaber, mas esses não duraram muito. Tentava não me preocupar. Para isso, fingia não me importar. Mas é extremamente difícil.
Quando acontece algo com alguém da sua família, o que você faz? Eu me paraliso. Fico quieta num canto pensando em todas as coisas que poderiam ter acontecido e agradecendo a Deus por não ter sido nada tão grave. Mas, eu fico paralisada. Não tenho medo que algo aconteça comigo, mas com eles... eu fico tão contida em um cantinho qualquer do quarto, respirando o mais devagar possível para não incomodar e o medo me paralisa. O medo de perder as pessoas que eu amo. As pessoas que tem o mesmo sangue que eu. Essas que estando eu certa ou não, SEMPRE estão aqui dispostas a me ajudar, da maneira mais simples possível. Essas que quando sentem que eu não vou bem, me lançam um olhar tão acolheder, tão compreensívo e que me ouvem e que apenas me abraçam quando eu preciso chorar, sem dizer nada, porque no abraço dessas pessoas todo o resto já vem no pacote.
E eu sou assim mesmo. Estressada. Preocupada. Atenta a tudo que acontece com eles. Sempre por perto - embora distante (?) - para celebrar as coisas boas e cuidar nas horas difíceis.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sabe de uma? Não enche.

Como lidar com as pessoas é algo que eu nunca aprendi. Já tentei várias vezes, de várias formas e durante meus anos de revolta simplesmente desisti. É fácil desistir quando as pessoas não são assim tão próximas... mas, quando as pessoas estão perto é dificil não se importar, por mais que se tente. Mil vezes já tentei ser indiferente e mil vezes falhei.
Tem gente que parece adorar a tarefa de ser difícil. Esses adoram amarrar tudo, fazer tudo de má vontade, de uma forma que você tenha muito mais trabalho, fique chateado ou se sentindo culpado por algo que não fez.


Um dos meus propósitos para 2010 era não me deixar irritar. Mentalizei que esse será O ano e ninguém me encheria o saco. Bom, na prática é diferente. Eu tenho meus dias de TPM, nesses dias quem me conhece não puxa muito assunto, sou chata também, muito rabugenta... fora isso, sou normal, educada e às vezes, até simpática. Acho que ninguém é pago pra aguentar meu mau humor, tenho simancol. O que acontece é que muitas pessoas não pensam assim, e acham que o resto do mundo tem que engolir sua bipolaridade forçado. O que fazer com essas pessoas? O que fazer quando elas estão aí do seu lado, quando você tem de lidar com elas todos os dias? Não dá pra mandar a pessoa pro diabo que a carregue; parar pra conversar, convenhamos, não adianta. Inclusive, uma das coisas mais sem noção que eu ouço é quando alguém muito solícito te dá um conselho e te manda conversar. "Conversa dá jeito em tudo". Quem aí já deu jeito em algo só conversando? Num mundo desse onde individualidade é só ser egocêntrico, chamar pra conversar é comprar briga, porque ninguém quer estar errado e ouvir a verdade dos outros enche o saco, né? É sim.


Fazer o que? Tudo bem, só queria desabafar mesmo.


 
Shush, Shush Charlotte.. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino