Mostrando postagens com marcador pedaço. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pedaço. Mostrar todas as postagens

domingo, 22 de janeiro de 2012

é saudade.

sinto falta de andar à noite. sinto falta do por-do-sol. sinto falta da brisa quentinha. sinto falta de olhar pro céu e ver estrelas. sinto falta do calor. sinto falta do calor humano. sinto falta de poder ouvir musica e gritar nos meus trechos favoritos. sinto falta de ouvir cachorros latindo. sinto falta de ter que me trancar pra ter privacidade. sinto falta de escrever. sinto falta de ouvir meu irmão e sinto falta de perguntar voce-nao-consegue-ficar-quieto-e-calado?. sinto falta de ouvi-lo dizer nao-yxi e sorrir. sinto falta das explicaçoes do meu irmao e sinto falta de como ele fica contrariado se alguém nao é de acordo. sinto falta dos embates ideologicos com meu pai e sinto falta de correr pra perto dele quando eu tinha alguma dúvida. sinto falta do abraço da minha mae e de ouvi-la dizer sem cansar deus-te-abençoe-bebê. sinto falta do abraço da minha familia. sinto falta de acordar aos domingos na casa dos meus pais. sinto falta de ve-los preparando o almoço de domingo juntos, conversando. sinto falta de ficar cinco minutos atras deles ouvindo a musica e ouvindo-os conversar até se darem conta que eu estava esperando. sinto falta de ve-los virando e sorrindo e sinto falta do abraço de bom dia dos domingos na casa dos meus pais. sinto falta dos almoços em familia na varanda. sinto falta da lola. sinto falta de como ela corria quando estava alegre, de como ela se escondia quando meu pai reclamava e de como ela se aconchegava no sofá da sala. sinto falta de correr como uma criança pra cama dos meus pais quando estava doente e sinto falta de correr pra cama dos meus pais quando estava triste querendo que o mundo acabasse. sinto falta de dormir em conchinha de três. sinto falta de como o mundo parecia pequeno quando eu estava na cama deles. sinto falta de sentir o cheiro das frutas do quintal. sinto falta de ouvir passaros cantando pela manhã, embora eu odeie passaros. no meio de tanta coisa que eu sinto falta, só nao sinto falta de mim. estranho.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

não sei se eu devo desistir de uma vez. não sei se eu continuo cultivando esse restinho de esperança. não sei se eu coloco o dedo na ferida e pressiono para sentir mais a dor. não sei se tomo medicamentos para ficar anestesiada. dormir hoje e acordar daqui uma semana. aos poucos. acordar pela metade. acordar fisicamente. enquanto o pensamento descansa num lugar qualquer da mente. inerte. uma semana talvez fosse tempo suficiente para o corpo descansar e o coração cicatrizar a dor. uma semana de descanso para uma vida que falta pouco para se tornar insuportável. é insuportável quando não há lugar que se olhe. quando não há quem escute. e quando não há a quem escutar. é insuportável andar a vida toda atrás de algo e não encontrar. é insuportável, no meio de toda a dor, no meio de toda decepção, manter a esperança e se decepcionar novamente.

sábado, 12 de junho de 2010

déja vu.

muito tempo embaixo do chuveiro. água muito quente direto nas costas e a sensação de que a qualquer momento a pele vai sair do lugar. sem dor. só a sensação. pensa-se e pensa-se muito nesses dias. nessas situações. procuram-se respostas. procuram-se porquês. mas, quem de fato acha? toda a gente sempre está em busca de qualquer coisa e quando não acha tenta justificar suas frustrações de qualquer modo. eu sei. eu faço isso. e foi isso que eu fiz embaixo da água muito quente. refleti sobre os acontecimentos. refleti sobre o que andei fazendo. o que não fiz. e o que fizeram comigo. e sabe? talvez não importe tanto. talvez. porque tudo passa, a gente diz. então, por que a gente se importa tanto? refleti sobre o tempo que vai passando e como a gente acha que acumula experiências. ou acha que curam-se feridas com o tempo. mas, eu não acredito. a gente fala muita coisa. e a gente não sabe de nada. de fato. então, embaixo da água muito quente reflete-se sobre esses acontecimentos que a gente chama de vida. reflete-se sobre a ideia que a gente tem uns dos outros. e em como essas ideias nunca são fieis. reflete-se sobre tudo o que a gente espera do amanhã. mas, se a gente pensar no ontem percebe que nada é tão diferente. então, por que a gente espera algo novo? refleti sobre a dificuldade de encarar os fatos. esses que se posicionam embaixo do nosso nariz. que são tão claros. e refleti sobre como a gente faz papel de palhaço em alguns momentos. papel de palhaço. juntam-se os fatos. e colam-se as pontas. e embaixo da água muito quente chega-se a essa conclusão. a gente faz papel de palhaço. e a gente tenta refletir sobre o peso que carrega nas costas. o peso dos erros. mas, embaixo da água muito quente eles se desfazem. e a gente percebe que pra cada erro existe mais de um dono. sabe? um dia a gente aprende. mas, no outro a gente esquece. porque a gente é burra.

Tirado do meu antigo blog. É engraçado como as coisas se repetem mesmo. Como nossa vida é só isso: um monte de repetições.
Enfim.

domingo, 6 de junho de 2010

Esse blog era uma tentativa de mostrar para mim mesma que eu era boa demais para tudo de ruim que me acontecesse. Era boa demais para todas as sacanagens que faziam comigo - inclusive você. Era o lugar que eu tinha para vomitar meu desespero e resgatar minhas esperanças. Esperanças daquilo que está ali para acontecer que é tudo o que eu queria, mas que se você dissesse sim eu deixaria sem pensar duas vezes. Eu sempre quis muito pouco da vida, nesse muito pouco era onde você estava metido. Estava e está ainda, porque eu sou burra. Você estava ali encravado no quase nada que eu queria da vida e o que você fez? Você achou que era bom demais. Achou que era certo demais. Moralista demais. Você achou que só você levava essa relação a sério. O que obviamente não é verdade. Na verdade você nunca deu a mínima. Minto, nos primeiros, sei lá, oito meses de vida dessa relação você a alimentava. Cuidava. Se importava. Depois deixamos que ela caísse de cabeça, daí em diante você já não se importava, às vezes até fazia questão de mostrar isso. E você mostrou mesmo que estava nem aí... e o que eu fiz durante todos os outros longos meses que se seguiram? Nada. Como eu disse, eu sou burra. Eu fui vendo tudo acabar - de novo - e deixei. Quer dizer, eu tentei sim dar um jeito em tudo, fui colando os pedaços, costurando aqui e ali. Ri tanto quando estava com vontade de chorar. Passei a mão em sua cabeça quando estava com vontade de gritar e te mandar ao inferno. Eu sei, eu fiz tudo errado. Era para te mandar ao inferno todas as vezes que foi preciso. Você é uma criança mimada e eu fiz todas as suas vontades. Bem feito para mim agora. Ser burra tem suas consequências. Mas, eu não aprendo.
Então, esse blog era para contar as coisas boas. Era a minha volta por cima. E tudo parece estar voltando a ser como antes. Não posso deixar que isso aconteça.


Alguém sabe como fazer para acelerar o tempo? Obrigada.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

.

Até tenho vontade de escrever, mas ultimamente tá meio difícil. Questão de não ter tempo. Já estou em contagem regressiva para o dia D, mas não consigo sentir nem um pingo de euforia. Às vezes, há até um princípio de euforia, que logo se dissipa. Enfim, vejamos o que se segue nos próximos dias.
...........................................................................................
Tem dias que eu passo um tempo imaginando minha vida de outra forma. Como eu estaria se. Consigo imaginar tudo, desde a forma como eu me vestiria até quantos filhos eu teria. É estranho, porque é tudo tão nítido que parece outra vida. Uma vida paralela. Imagino várias vidas, cada uma com sua peculiaridade. Como se eu guardasse aqui dentro várias de mim que não tiveram tempo de viver. E mais engraçado ainda é pensar que talvez eu tivesse sido mais feliz sendo alguma dessas - ou não. Às vezes, eu penso também que minha vida seria apenas entediante. Mas, agora eu estou aqui, ainda que não seja sempre ruim não é tão bom quanto eu quero que seja... então eu vivo esperando o dia de mudar, esse tal dia D. Talvez essa seja a vida certa e está prestes a começar, ou ainda, prestes a se desenrolar - posto que já começou - de uma vez e caminhar do jeito que eu planejei.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Esse mesmo, meu umbigo.

Estou me sentindo sufocada, confusa, totalmente quase desesperada. Não sei o que fazer, falar e nem por onde ir. Tem um nó na garganta e outro no estômago e eles incomodam de uma forma inexplicável. Tenho vontade de chorar e conversar. Mas, do que adianta chorar? Conversar com quem? Todo mundo parece estar muito ocupado com qualquer outra coisa que eu não consigo enxergar. E qual o motivo de eu estar assim? Não se sabe! O que me leva a esse desespero? Às vezes me vejo quase louca, dessas loucas de livros que saem pelas ruas chorando um passado magoado e sofrido. Mas, eu não tenho esse passado. Tenho um presente sem sal onde qualquer besteira que acontece é um motivo para o desespero. Por que estou assim? Será que dou muita importância ao que não merece? Será que minha vida é tão sem graça que eu me prendo a qualquer coisa - ou a você - e quando me deparo com a possibilidade de perder essa coisa - ou você - me desespero? Perder o que? O que eu tive? Ou o que eu ainda tenho, vez ou outra em migalhas que eu já nem sinto? Por que eu me desespero?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma porção de nada.

Dia desses eu estava pensando sobre como, às vezes, se tem certezas. E pensando sobre como essas certezas são, na verdade, sem fundamento. Pensando sobre como eu aprendi a planejar a vida e como um dia isso mudou, assim, fácil.
Mais precisamente, eu estava pensando sobre como minha vida estava seguindo um curso e então mudou bruscamente e depois, supostamente, voltou ao curso. Se alguns nãos tivessem sido ditos, como eu estaria agora? Em qual curso minha vida estaria? Muitas chateações eu poderia ter evitado, mas quantas mais além dessas eu teria que viver? Será que teria sido mais fácil? Mais difícil? Com certeza eu não estaria aqui agora. Foram essas chateações que me trouxeram aqui. Essas chateações estão me levando para onde eu sempre quis estar. Mas, será que tudo na vida tem que ser assim, suado, dolorido, magoado? Eu sinceramente não tiraria o mérito de algo alcançado sem tanto esforço. As coisas deixam de ser válidas só porque foram faceis? Creio que não.



Duas porções de nada.

Quando se leva um tombo é difícil até se reerguer. Ainda que seja só uma topada, é demorado o tempo até passar a dor. Parece que coisas vão se somando àquela besteirinha de um dia qualquer da semana passada. Uma besteirinha que eu nem lembro ao certo, mas que faz diferença. E aí quando eu me dou conta já é tarde.

To cansada de muitas coisas. Esperando o dia da virada. O dia D de 2010, ele vai chegar. Daqui até lá o que se faz? Não sei focar uma coisa e seguir. Não sei traçar um caminho e dizer: é por aqui que eu vou e pronto. Então, eu to presa aqui ainda. E tem muitas coisas que eu deveria afastar. Cortar e jogar no lixo, porque não vai ter serventia. Mas, eu tenho uma mania horrorosa de ir acumulando tudo. Tudo que não presta, diga-se.

To cansada.


 
Shush, Shush Charlotte.. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino