terça-feira, 17 de março de 2015

Vida nova.

Quanto tempo sem escrever! É tanta coisa que eu nem sei por onde começar. Então vou pelo maior acontecimento da minha vida.

Praticamente 3 anos sem vir aqui, e... sou mãe.
A gente tem a ideia de que se tornar mãe é uma das coisas mais avassaladoras da vida. E é verdade!
Tudo em sua vida muda. Seus habitos, seu modo de se vestir, sua alimentação... seu sono! Meu Deus, como eu me xingo toda vez que lembro o tanto de sono que desperdicei em minha adolescencia só porque eu queria ser a adolescente revoltada e insone! MENTIRA, eu só estava entediada em minha bolha, cansada do mundo em volta e quis trocar o dia pela noite. Ou sei la, tinha muita coisa acontecendo na noite virtual pra perder tempo dormindo. TROUXA! Agora eu quero dormir e não posso. Bom, basicamente agora eu posso, bebê com 10 meses a vida vai se ajustando e tudo vai ficando mais fácil. Mas enfim, deu pra entender.

Ser mãe é tudo aquilo que sua avó dizia, que sua mãe dizia e a sua vizinha tambem. Mas, vai além. Por mais que você tenha todas as ideias formadas sobre o assunto, tudo que você sabe vai pro ralo quando você passa pela porta de casa com seu pedaço de gente nos braços. Sim, porque na maternidade, meu bem, tudo são flores.
Quando você chega em casa e cai na real que tem uma vida que depende de você. GENTE! UMA.VIDA! Dependendo de você pra tudo. E às vezes, essa vida não precisa comer, nem dormir e nem ter a fralda trocada. Às vezes essa vidinha só precisa do aconchego do seu colo. E aí, mesmo toda quebrada, cansada, com bolsas gigantescas embaixo dos olhos... você carrega aquele serzinho com todo amor... e você se vê trancada numa bolha novamente. Uma bolha que só cabe vocês dois (ou três se forem gemeos, sei la) E esta é uma sensação ma-ra-vi-lho-sa. Por mais que eu tente descrever aqui, nunca vou poder exprimir realmente esse sentimento.
Ser mãe é tudo de bom!

Mas, como além de ser mãe eu tambem sou Charlotte. Aqui estou eu de volta!
Charlotte pra sempre!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

love is old, love is new. love is all, love is you

e foda-se voce, se voce nao me ama em troca. o que importa é que eu amo. eu tenho a capacidade de sentir algo bom, sentir amor. sentir meu coração comprimido, borboletas no estomago e rir para cachorros e crianças e dias de sol no meio desse inverno glacial. foda-se voce, se voce nao sente o mesmo. foda-se voce, se voce teve medo. o medo anula o amor. e eu estava sendo anulada por ter medo de perder algo que nunca foi meu. porque só eu pertenço a mim e eu nao posso me perder de mim. e eu sou toda amor. eu amo. amo as partes de mim que respiram do outro lado do oceano. amo o sol que sai timido pra acariciar meu rosto quando o vento frio parece querer cortá-lo. amo as músicas. amo os livros. amo os filmes. amo as ideias. pessoas que tem ideias. que conversam sobre sentimentos. com verdade. amo saber que mesmo quando tudo parece estar dando errado. quando um tombo vem logo em seguida ao outro. e o frio bate em meu rosto pra me lembrar que eu to viva, que ta doendo, que eu to sentindo... eu consigo olhar pra dentro de mim mesma e achar algo bom. porque eu, eu posso ser tudo... menos vazia.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

i wanna fall OUT!

sabe quando você evita dizer algo porque sempre ouviu da boca da sua mãe que as palavras tem poder? daí que você tem medo de pronunciar e pimba, a coisa acontecer. sabe como é? então, às vezes acontece o contrário. não exatamente o contrário, mas tipo... hoje eu estava sentada na cama, com o pc no colo lendo, vendo fotos, cantarolando e pensando como eu queria que a vida mudasse. não a vida toda, por incrível que pareça, tem coisa em minha vida que eu poderia deixar como está... se fosse realmente válido esse mito de que as coisas são como você quer. claro que não. mas, enfim... eu estava pensando, eu quero que algo mude. apenas uma coisa. igual uma gaveta bagunçada no meio do armário que é minha vida. daí que surgiu na mente: quero me de-sa-pai-xo-nar! estranho. porque é geralmente o contrário que as pessoas querem. e eu também... até bem pouco tempo atrás. mas, agora tudo que eu quero é me desapaixonar. e eu estava pensando nisso, vendo fotos, lendo textos e cantarolando. aí eu disse, meio resmungona, meio murmurando e com a voz baixa e embolada que ninguem nunca entende da primeira vez que ouve: QUERO ME DESAPAIXONAR, PORRA. mas, foi estranho. foi como se caísse um peso sobre meu coração. como se abrisse um oco no estomago. e daí os dedos começaram a digitar aqui e eu nem tenho coragem de voltar e ler tudo porque, sei la. mas, eu sei que pra desempacar e voltar a ser eu novamente eu tenho que desapaixonar. voltar a me apaixonar por mim, meus livros, minhas músicas e todos os cachorros e gatos que passarem pela minha frente. porque sim. porque não está me fazendo bem. porque é preciso. porque e porque. acabou-se.

but to be myself completely i've just got to say goodbye!

domingo, 22 de janeiro de 2012

é saudade.

sinto falta de andar à noite. sinto falta do por-do-sol. sinto falta da brisa quentinha. sinto falta de olhar pro céu e ver estrelas. sinto falta do calor. sinto falta do calor humano. sinto falta de poder ouvir musica e gritar nos meus trechos favoritos. sinto falta de ouvir cachorros latindo. sinto falta de ter que me trancar pra ter privacidade. sinto falta de escrever. sinto falta de ouvir meu irmão e sinto falta de perguntar voce-nao-consegue-ficar-quieto-e-calado?. sinto falta de ouvi-lo dizer nao-yxi e sorrir. sinto falta das explicaçoes do meu irmao e sinto falta de como ele fica contrariado se alguém nao é de acordo. sinto falta dos embates ideologicos com meu pai e sinto falta de correr pra perto dele quando eu tinha alguma dúvida. sinto falta do abraço da minha mae e de ouvi-la dizer sem cansar deus-te-abençoe-bebê. sinto falta do abraço da minha familia. sinto falta de acordar aos domingos na casa dos meus pais. sinto falta de ve-los preparando o almoço de domingo juntos, conversando. sinto falta de ficar cinco minutos atras deles ouvindo a musica e ouvindo-os conversar até se darem conta que eu estava esperando. sinto falta de ve-los virando e sorrindo e sinto falta do abraço de bom dia dos domingos na casa dos meus pais. sinto falta dos almoços em familia na varanda. sinto falta da lola. sinto falta de como ela corria quando estava alegre, de como ela se escondia quando meu pai reclamava e de como ela se aconchegava no sofá da sala. sinto falta de correr como uma criança pra cama dos meus pais quando estava doente e sinto falta de correr pra cama dos meus pais quando estava triste querendo que o mundo acabasse. sinto falta de dormir em conchinha de três. sinto falta de como o mundo parecia pequeno quando eu estava na cama deles. sinto falta de sentir o cheiro das frutas do quintal. sinto falta de ouvir passaros cantando pela manhã, embora eu odeie passaros. no meio de tanta coisa que eu sinto falta, só nao sinto falta de mim. estranho.

domingo, 20 de março de 2011

pffff.

eu preciso parar de mentir. eu preciso parar de mentir para o mundo e para mim. preciso parar de inventar histórias. eu preciso parar de aumentar os fatos. fazer tempestades em copos d'água. eu preciso parar de criar cenas. parar de inventar que estou bem quando eu estou mal. parar de fantasiar que eu estou mal quando as coisas vão bem. parar de fingir. sair da minha mente. sair da minha bolha. desse mundo que eu reinvento todos os dias por falta do que fazer. não necessariamente por falta do que fazer. mas, porque eu gosto. gosto de inventar histórias. personagens. fingir ser o que eu não sou. criar pessoas como eu queria que elas fossem. parar de transformar sapos em príncipes. fadas em monstros. parar de matar pessoas. parar de ressuscitar os mortos. eu preciso parar de demolir castelos e parar de criar barracos. eu preciso parar de acreditar nas mentiras e eu preciso parar de duvidar das verdades. eu preciso ser eu e parar de viver dentro da bolha.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

não sei se eu devo desistir de uma vez. não sei se eu continuo cultivando esse restinho de esperança. não sei se eu coloco o dedo na ferida e pressiono para sentir mais a dor. não sei se tomo medicamentos para ficar anestesiada. dormir hoje e acordar daqui uma semana. aos poucos. acordar pela metade. acordar fisicamente. enquanto o pensamento descansa num lugar qualquer da mente. inerte. uma semana talvez fosse tempo suficiente para o corpo descansar e o coração cicatrizar a dor. uma semana de descanso para uma vida que falta pouco para se tornar insuportável. é insuportável quando não há lugar que se olhe. quando não há quem escute. e quando não há a quem escutar. é insuportável andar a vida toda atrás de algo e não encontrar. é insuportável, no meio de toda a dor, no meio de toda decepção, manter a esperança e se decepcionar novamente.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

meu pai sempre disse que eu vivo numa bolha. eu nunca levei a serio. mas, parece verdade. eu nunca entendi bem o porque dele sempre dizer isso. mas, talvez hoje eu saiba, ou tenha uma vaga noção. talvez seja o fato de eu não me adequar a nada. talvez seja porque eu crio, por vezes, realidades falsas. eu finjo viver bem, eu finjo conversar com pessoas, eu finjo gostar de pessoas. eu gosto de pessoas fingidas e vivo uma vida sem sal.
viver uma vida sem sal me deixa suspensa. sabe como é? eu não tenho a real noção do que acontece ao meu redor. eu deixo as coisas irem, e elas tomam direções que eu desconheço. eu deixo pessoas falarem, porque eu nao tenho tanto interesse no que elas tem a dizer, então elas dizem o que querem.
antigamente eu achava que as pessoas tinham o controle sobre suas emoções, sobre suas escolhas... mas, talvez isso não aconteça. ou talvez eu não tenha controle sobre o que me acontece.
eu apenas sigo. nunca sei bem para onde estou indo e muitas vezes eu só percebo que cheguei a determinado lugar quando lá já estou. eu vivo com a cabeça em um lugar desconhecido e os pés tambem.
e esse texto é assim mesmo, sem pé nem cabeça e sem fim.
tchau.
 
Shush, Shush Charlotte.. Design by Exotic Mommie. Illustraion By DaPino